quinta-feira, 11 de junho de 2009

Nova tecnologia para fazer chuva

CIENTISTAS NA África do Sul desenvolveram uma nova invenção para a produção de chuva. A tecnologia desenvolvida oferece um novo modo de semear nuvens forçando nuvens a produzir quase o dobro da quantidade de chuva.

A invenção surge num momento em que na região se procuram seriamente descobertas importantes na modificação das condições climáticas. Peritos afirmam que o aumento de chuva se baseia na ideia de que se formam gotas de água extra em volta de sal fino no interior das nuvens, mas que descarregar sal conduz freqüentemente a amontoamentos de sal inúteis e a perigosas corrosões em aeronaves.

Estão a ser estudadas formas de utilização desta inovação para combater a seca na região, o que poderá aumentar a eficiência e ter também uma boa relação custo-eficácia. (Sunday Times)

terça-feira, 9 de junho de 2009

10 de Junho é "Dia da Raça"

O regime de Salazar deu um outro significado ao Dia de Camões. Data passou a servir a propaganda do Estado Novo.

O 10 de Junho é adoptado e adaptado pelo regime instaurado em 1933, e passa a ser conhecido como o Dia da Raça.

Que "raça" é comemorada a 10 de Junho?

“Quando se tenta exaltar o Dia da Raça, é a raça do povo português entendida de uma forma geral, global”. O que está em causa é a “originalidade” e “a capacidade dos portugueses”, explica Conceição Meireles.

Esta era a “raça do povo português que tinha de ser “exaltada a todo o custo”, era a “raça no sentido do dia do povo português”, explica a historiadora. O conceito de raça no Estado Novo deve ser entendido no sentido em que significa “um povo diferente, aparentemente frágil, mas com valores que lhe permitiram grandes realizações”. No dia da Raça e de Camões “exaltava-se a nação e o império, a metrópole e as colónias”, diz.

“Toda a História foi um instrumento ao serviço da propaganda”

Para Conceição Meireles, não se pode dizer que Camões e a sua obra tenham funcionado como meio propagandístico do regime de Salazar, pelo menos “não particularmente”. Mas acrescenta que “toda a História foi um instrumento ao serviço da propaganda do Estado Novo”. Ou seja, “a propaganda nacionalista do Estado Novo é verdadeiramente dominada por uma certa mitificação da História, e por uma determinada leitura da mesma”, a partir da qual o regime pretendia promover uma certa ideia daquilo que tinha sido a História de Portugal, enaltecendo determinados acontecimentos e remetendo outros para o esquecimento.

“Apelo ao passado para legitimar o presente”

Na opinião de Conceição Meireles, a exaltação de determinados momentos da História de Portugal funcionou como uma espécie de sustentáculo e apoio ao regime, e era sobretudo uma forma de propaganda do mesmo. “O Estado Novo elegeu uma determinada memória colectiva da Nação”, em que o passado não podia ser esquecido. “Esse passado que o Estado Novo queria fazer lembrar aos portugueses era um passado de grandeza, quase de heróis”.

O Estado Novo procurou fazer “um apelo ao passado no sentido de legitimar o presente”.

Por Ana Correia Costa (jpn.icicom.up.pt/2004/06/09/estado_novo_10_de_junho_e_dia_da_raca.html -)

De onde viemos?

Por que a resposta a essa pergunta é importante?

Muitas pessoas aprendem que a vida na Terra surgiu por acaso. Elas são ensinadas que, por meio de uma série de eventos improváveis e aleatórios, a evolução produziu a raça humana com toda a sua capacidade emocional, intelectual e espiritual.

Mas pense bem: se fôssemos realmente produto da evolução e se não houvesse nenhuma Criador, a raça humana, de certa forma, seria órfã. A humanidade não teria nenhuma fonte de sabedoria superior para consultar – ninguém para nos ajudar a resolver problemas. Teríamos de confiar na sabedoria humana para evitar desastres ambientais, para resolver conflitos políticos e para nos orientar sobre como lidar com problemas pessoais.

Será que isso lhe dá paz mental? Se não, pense na alternativa.
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(A Sentinela, 1° de fevereiro de 2008)

domingo, 7 de junho de 2009

Venha conher e desfrutar da história e pontos turísticos de Valença-Ba.

Valença: Guaibim e Ponta do Curral

Por Claudia Severo



Passagem para quem se dirige a Morro de São Paulo, Valença também guarda boas atrações.

Embora de passagem por Valença, vimos que a maior cidade da Costa do Dendê precisa de melhores cuidados pra atrair mais visitantes para que conheçam seu patrimônio arquitetônico, cachoeiras e praias. Às margens do Rio Una, Valença tem na orla principal muita movimentação de locais, barracas vendendo petiscos e bebidas (os mesmos produtos e até fornecedores de produtos caseiros). À noite o lugar é bastante bonito. Pela manhã é um vai e volta para o Morro!

Em Valença foi instalada uma das primeiras indústrias de tecidos do Brasil, a Fábrica Todos os Santos ou Nossa Senhora do Amparo (1844) - atual Companhia Textil Valença - e por causa dela é que o Estado, em 1906 teve a primeira rede hidráulica. Tempos de riqueza que a cidade parece apenas poder reconquistar com o turismo.

Dando uma volta pelo centro, vemos alguns prédios desse tempo como os sobrados da Praça da República, do Fórum, do Teatro e da Câmara dos Vereadores (1849). Pra quem quer ter uma geral, do alto da Igreja de Nossa Senhora do Amparo (1757) é possível uma bela vista da região: rio Una, arquipélago de Tinharé (Morro, Gamboa, Boipeba...) e a igreja de São Francisco Xavier, em Galeão (quem vai para o Morro também pode vê-la na passagem de lancha/barco).

Pra quem é chegado num arrasta-pé o Clube Sindical Operário é uma boa pedida nos finais de semana. O prédio foi erguido no século 19 e na Segunda Guerra Mundial serviu como um improvisado banco de sangue.

Se chegar em Valença e perguntar a alguém sobre a mais bela praia deles certamente terá como resposta, Guaibim. Digamos que seja uma praia... comum (areia batida, mar escuro e alguma vegetação na areia) e a sua volta parece que as construções foram se dando sem muito planejamento. Da orla partem ônibus para Guaibim, que fica a 18Km. Já a praia de Ponta do Curral, cercada de fazendas de coco, permite uma bela vista da Ilha de Tinharé, bem à frente. A praia fica próxima a Guaibim e faz parte de uma Área de Proteção Ambiental (APA) onde há a desova de tartarugas-marinhas.

Cairu, que é a sede administrativa de Tinharé, tem belas construções colonias e o primeiro convento do Brasil, o de Santo Antônio (1661). A cidade fica a 49Km de Valença e o acesso pode ser feito pela estrada para Camamu.

A 6Km de cidade fica a cachoeira Sarapuí, com uma queda de 20m. Mais a frente, a 10Km fica a Água Branca, com 30m de queda d'água. A cachoeira do Candengo não ultrapassa os 5m de altura, mas possui 4 quedas d' água.

Onde comer: Na orla há várias opções, a maioria por quilo. Pra beliscar, os quiosques dão algumas poucas opções.

Onde ficar: Os estabelecimentos de hospedagem na cidade são simples e geralmente mais baratos que os do Morro de São Paulo.

Em Valença:
Hotel Pousada Pedra Branca- Descontos especiais para grupos. Fácil acesso ao Aeroporto e Porto onde se pegam as lanchas para Morro de São Paulo. Fica na área comercial da cidade, a 15 minutos de ônibus da Praia de Guaibim.

Como chegar:
  • De carro/moto/bike
A partir de Salvador, depois da travessia do Ferry boat (Baía de Todos os Santos) você sairá na BA 001, siga por 108Km. Passará pela ponte do Funil e pela cidade de Nazaré das Farinhas (cidade do jogador de futebol, Vampeta), onde há placas indicativas para Valença.

Quem vem do sul do Estado pega a BR 101 e passa por Camamu, Ituberá, Nilo Peçanha e Taperoá (outras cidades da região).
  • De ônibus
A São Geraldo Possui uma linha São Paulo - SP x Valença - BA.http://www.passagem-onibus.com.br/
Outra empresa que atende a cidade é a Viação Águia Brancahttp://www.viacaoaguiabranca.com.br/

  • Aeroporto

Alguns vôos para Ilhéus fazem escala no aeroporto de Valença.

Serviços:

  • Secretaria de Turismo: Avenida Antônio Carlos Magalhães, s/n - São Felix(75) 3641-8637/ 8610/ 8617/ 3051/ 3050.

Eventos: Em Guaibim há campeonatos regionais de surfe.


História

Na época do Descobrimento, Valença era habitada por índios Tupiniquins. Quando Portugal dividiu o Brasil em Capitanias Hereditárias em 1534, a região ficou pertencendo à Capitania de Ilhéus. O povoamento surgiu na Vila de Nossa Senhora do Rosário de Cairu.

Anos depois os primeiros "investidores" chegavam a região. Um deles, Sebastião de Pontes, dono de engenhos no Recôncavo baiano instalou um engenho de açúcar a duas léguas da foz do Rio Una. Foi ele também, quem introduziu a criação de gado no local. Isso ocorreu entre 1557 e 1571. Dois anos mais tarde, Pontes foi preso onde hoje fica Morro de São Paulo e foi levado para Portugal por ter castigado duramente um mascate que lhe tinha ofendido. Pontes morreu em Portugal, não voltando mais ao Brasil. Com seu desaparecimento a economia da região entrou em decadência e foi invadida por índios Aimorés.

No século 18, após ataques bandeirantes aos Aimorés, o desenvolvimento parece voltar à região, que no momento era o Povoado de Una. Baltazar de Oliveira, desembargador e ouvidor da Comarca de Ilhéus propos a criação de uma vila no então povoado. Em 1799 nasce a Vila de Nova Valença do Santíssimo Coração de Jesus. (As informações sobre a História de Valença foram obtidas no livro Cidades do Cacau, da editora Ceplac - 1982).

Hoje Valença conta com mais de 83.000 habitantes e é a maior cidade da Costa do Dendê.